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sábado, 6 de outubro de 2012

Breve estudo bíblico sobre dízimos


Graça e Paz!

O assunto DÍZIMO muitas vezes é motivo de discussões e polêmicas dentro das Igrejas Locais e principalmente fora delas.

Vejamos o que a Bíblia fala sobre dízimos:

No Velho Testamento, antes da existência da Lei Mosaica, Abraão, o Pai da Fé, foi o primeiro a Dizimar (Genesis 14.20), e por consequência desta aliança com Deus, Abraão foi um homem muito próspero e abençoado por Deus.

Mais de meio século depois desta Aliança de Abraão com Deus, o dízimo passou a ser uma obrigação aos judeus, na Lei dada por Deus ao povo de Israel no deserto (também chamada de Torá, Lei de Deus, Lei Mosaica, Lei de Moisés ou simplesmente Lei, que dentre 613 ordenanças também obrigava os israelitas a separarem para Deus dez por cento de tudo quanto produziam ou ganhavam - Levítico 27.31,32, Números 18.26, Deuteronômio 12.17; 14.22).

Há ainda vários outros versículos no Velho Testamento sobre Dízimos, mas o versículo chave usado para dízimos é Malaquias 3.10: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.”

Alguns, com o coração cheio de avareza, para se esquivaram da responsabilidade de separarem para Deus os dízimos, afirmam que nós, gentios, não estamos debaixo da Lei, e que o Novo Testamento não fala que devemos pagar o dízimo, todavia, isto não é uma verdade bíblica.

Realmente o Novo Testamento não dá muito atenção à questão dos dízimos, pois isto não era um problema na Igreja Primitiva, mas no Novo Testamento há fundamentos para os Dízimos sim.

Jesus, quando estava falando sobre os fariseus, afirmou que não devemos deixar de pagar os dízimos:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e NÃO OMITIR AQUELAS.” Mateus 23.23

“Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e NÃO DEIXAR AS OUTRAS.” Lucas 11.42

Assim sendo, Jesus teria ratificado o dízimo.

Além disto, deve ser ressaltado que Abraão, que veio bem antes de Moisés, não estava debaixo da Lei, e mesmo assim ele fez uma ALIANÇA COM DEUS e pagou os dízimos de tudo (o que inclusive é citado no Novo Testamento em Hebreus 7.2) como uma forma de gratidão a Deus. Assim como Abraão, muito de nós, cristão, também enxergamos e tratamos o Dízimo como uma ALIANÇA COM DEUS, ou seja, como um voto, um compromisso de devolvemos a Ele, como forma de gratidão, uma décima parte de tudo que por meio dEle recebemos, e Deus recebe este tipo de voto.

Cumpre ainda ressaltar que o dízimo e as ofertas também servem para nos moldar, nos afastando dos terríveis pecados da avareza e da ganância (1 coríntios 5.1; Efésios 5.5), pois o desejo de Deus sempre foi que sejamos liberais, generosos (2 Coríntios 9.7, Provérbios 11.24, Isaias 32.8, 2 Coríntios capítulo 9 - inteiro). Os irmãos da Igreja Primitiva eram extremamente generosos, e Deus os abençoava (Atos 2.44-46).

VENDO AINDA A QUESTÃO DO DÍZIMO POR OUTRO ÂNGULO, deve ser lembrado que a Igreja e os Líderes Espirituais possuem Autoridade, e, assim sendo, tudo que é estabelecido como Norma da Igreja e não é antibíblico ou heresia deve ser obedecido (INCLUSIVE O DÍZIMO), sob pena de a pessoa estar cometendo o pecado da desobediência ou rebeldia.

A Autoridade da Igreja para estabelecer certas normas e costumes que não sejam contrários à Palavra de Deus é estabelecida principalmente em Mateus 16.19: “E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”

A respeito da obediência, a Palavra nos ensina:

“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” (Hebreus 13.17)

“Porque a REBELIÃO É COMO PECADO DE FEITIÇARIA, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. (...)” (1 Samuel 15.2)

Portanto, amados, pagar o dízimo é uma questão de obediência a Deus e obediência às Normas da Igreja Local e que, além disto, demonstra que não somos avarentos e gananciosos.

Abraços!

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