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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Interpretação e estudo da Bíblia !


Graça e Paz!

Muitos erros doutrinários se devem a interpretações incorretas da Bíblia. Vejamos, resumidamente, algumas importantes regras e conselhos que ajudam na interpretação da Bíblia (hermenêutica simples e descomplicada) :



1)   Um dos requisitos mais importantes que o estudante da Bíblia deve ter é: humildade diante da Palavra de Deus. A soberba intelectual é um dos maiores entraves para o crescimento intelectual (quem é humilde intelectualmente continua aprendendo sempre, todavia, quem é intelectualmente arrogante não aprende mais nada, pois pensa que já sabe tudo), por isto, estude a Bíblia com humildade, não com a intenção de fundamentar aquilo que você pensa que é a verdade (a tua verdade, que é relativa), mas com a intenção de buscar a verdade verdadeira (a verdade de Deus, que é absoluta);
2)   Quando a pessoa é humilde, ela não estuda a Palavra de Deus sozinha, ela pede a ajuda do Espírito Santo de Deus: O Espírito Santo ensina, capacita, guia para a verdade, santifica e dá discernimento. É importantíssimo pedir a ajuda do Espírito Santo, para que Ele revele a Verdade acerca das Escrituras. O estudante da bíblia deve sempre orar pedindo sabedoria do alto, inteligência, boa memória e entendimento;
3)    A Bíblia tem apenas uma teologia: Não pode haver diferença de ensinamento entre um livro e outro da Bíblia. Uma passagem bíblica deve ser interpretada de forma que não ocorra contradição com o que a própria Bíblia ensina em outra parte dela.
4)   Deixe a Bíblia interpretar a própria Bíblia: Deixe a Bíblia falar por si mesma, não lhe acrescente nem lhe subtraia nada. A Bíblia é o maior intérprete da Bíblia!;
5)    Analise o contextoResponda as seguintes perguntas ao analisar um texto da Bíblia: a) Como a passagem se relaciona com os versículos abaixo e acima?; b) Como a passagem se relaciona com o restante do livro?; c) Como a passagem se relaciona com a Bíblia como um todo?; d) Como a passagem se relaciona com os costumes, com a cultura e com o quadro de fundo em que foi escrita (ou seja: quem escreveu a passagem? Quando e em que lugar a passagem foi escrita? A quem se dirigia o Escritor da passagem? Por que foi escrita? Qual o costume e a cultura naquela época?);
6)   O Velho Testamento deve ser interpretado à luz do Novo Testamento, não estamos mais no Tempo da Lei, da Velha Aliança, estamos vivendo o Tempo da Graça, da Nova Aliança. O Velho Testamento possui importantes lições e importantes princípios bíblicos, todavia, o Velho Testamento deve ser interpretado à luz do Novo Testamento,  pois nossa base doutrinária (cristã) está contida majoritariamente no Novo Testamento;
7)   Faça uma interpretação lingüística da passagem bíblica que está sendo estudada: analise as palavras da passagem bíblica em dicionários de Língua Portuguesa e quando for possível analise as palavras de acordo com os textos originais (grego, no caso do Novo Testamento; e hebraico, no caso do Velho Testamento);
8)  Para facilitar a interpretação e a análise, compare a passagem bíblica em várias traduções (Revista e Corrigida, Revista e Atualizada, Almeida Fiel, N.V.I., Linguagem de Hoje, etc.). Dicionários bíblicos e teológicos são ótimos instrumentos para o estudo e a interpretação das Sagradas Escrituras. Bíblias de Estudo também podem ajudar o estudante da Bíblia, pois contém explicações e interpretações formuladas por grandes estudiosos da Bíblia (Exemplo: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD).


"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,   que maneja bem a palavra da verdade."  2 Timóteo 2.15



Que Deus abençoe a todos e bons estudos da Palavra de Deus!


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O que é legalismo cristão?

Graça e Paz!

No meio cristão pouco se prega e se ensina sobre os perigos e os erros do "legalismo cristão". Quando se fala acerca do legalismo cristão, geralmente também se fala sobre a liberdade cristã. Alguns se abstém de pregarem ou de ensinarem acerca do legalismo cristão justamente pelo fato de serem legalistas, enquanto que outros simplesmente não falam sobre o legalismo por acharem este tema um pouco polêmico ou difícil de ser entendido. A Bíblia, no entanto, é claríssima quando trata deste assunto (legalismo e liberdade cristã) que, diante da Bíblia, nada têm de polêmico.

Conforme o Dicionário Teológico de Claudionor Corrêa de Andrade (Casa Publicadora das Assembléias de Deus – CPAD, 2007, p. 251), o legalismo é definido da seguinte forma:

“[Do lat. Legale + ismo] Tendência a se reduzir a fé cristã aos aspectos puramente materiais e formais das observâncias, práticas e obrigações eclesiásticas. No Novo Testamento, o legalismo foi introduzido na Igreja de Cristo pelos crentes oriundos do Judaísmo que, interpretando erroneamente o Evangelho de Cristo, forçavam os gentios a guardarem a Lei de Moisés. Contra o legalismo, insurgiu-se Paulo. Em suas epístolas aos gálatas e aos romanos, o apóstolo deixou bem claro que o homem é salvo unicamente pela fé em Cristo Jesus, e não pelas obras da Lei”.

A Bíblia de Estudo de Genebra (Editora Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, p. 1133), em Nota Teológica relativa à Mateus 23.4 (versículo que trata dos fariseus), nos dá uma importante e completa lição sobre o legalismo cristão, ipsis litteris:

“O Novo Testamento considera a obediência cristã como a prática de “boas obras”. Os cristãos são “ricos de boas obras” (1 Tm 6.18; cf. Mt 5.16; Ef 2.10; 2Tm 3.17; Tt2.7, 14; 3.8,14) Uma boa obra é aquela feita segundo padrão correto, isto é, segundo a vontade revelada de Deus; com base na motivação correta, ou seja, no amor a Deus e aos outros; e com um propósito correto, isto é, a glória de Deus. O legalismo é uma distorção da obediência que nunca pode produzir boas obras neste sentido. O legalismo distorce a motivação e o propósito, vendo as boas obras como meio de se obter o favor de Deus. O legalismo pode levar à arrogância e a desdenhar daqueles que não agem de acordo com os seus padrões. Finalmente, o propósito egoísta do legalismo exclui do coração a bondade despretenciosa e a compaixão. No Novo Testamento, encontramos diferentes espécies de legalismo. Os legalistas entre os fariseus pensavam que, por serem descendentes de Abraão, tinham aprovação garantida da parte de Deus, enquanto, paradoxalmente, formalizaram a observância diária da lei, em seus mínimos detalhes, como regra de vida. Agindo desse modo, eles evitaram aquilo que a lei verdadeiramente exigia. Os judaizantes eram legalistas que ensinavam aos cristãos que eles precisavam ir além e tornar-se judeus, submetendo-se à circuncisão e observando o calendário religioso e as leis rituais, e, deste modo, obterem o favor de Deus. Jesus atacou o legalismo dos fariseus, e Paulo, o dos judaizantes. Os fariseus que se opunham a Jesus consideravam-se fiéis guardadores da lei mosaica. Contudo, dando ênfase aos menores detalhes, negligenciavam o que era mais importante (Mt. 23.23-24). Suas interpretações elaboradas e desencaminhadas da lei negavam seu verdadeiro espírito e propósito ( Mt 15.3-9; 23.16-24). Substituíram a lei autorizada de Deus pelas tradições humanas, subjugando as consciências onde Deus as havia deixado livres (Mc 2.16-3.6; 7.1-8). No íntimo, eram hipócritas, pois buscavam a aprovação humana para si mesmos e condenavam os outros (Lc 20.45-47; Mt 6.1-8; 23.2-7). Os judaizantes aos quais se opunha Paulo acrescentavam ao evangelho exigências para a salvação, exigências estas obscureciam a negavam a suficiência absoluta de Cristo (Gl 3.1-3; 4.21). A idéia de que era necessário acrescentar exigências para aperfeiçoar o evangelho era a raiz do erro deles. Paulo se opõe a essa idéia, não importando quem a propusesse (Cl 2.8-23), porque ela corrompia o caminho da salvação. Assim como Jesus, Paulo não tolerava aqueles que traziam novos fardos para sobrecarregar as ovelhas.”.

O legalismo é um ensino oposto ao ensino da liberdade cristã. O Apóstolo Paulo foi o grande defensor da liberdade cristã. Quem desejar entender um pouquinho mais este tema (legalismo e liberdade cristã) precisa ler a Carta de Paulo aos Gálatas. Em resposta aos falsos ensinadores, o Ap. Paulo escreveu aos Gálatas para defender o seu apostolado, bem como a autoridade do Evangelho. Os irmãos da Galácia estavam trocando a pureza da fé pelo legalismo.

Para que possamos entender melhor este tema tão importante, vejamos o que diz o segundo capítulo da Epístola de Paulo aos Gálatas:

“Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito. E subi por uma revelação, e lhes expus o evangelho, que prego entre os gentios, e particularmente aos que estavam em estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão. Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se; E isto por causa dos falsos irmãos que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão; Aos quais nem ainda por uma hora cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós. E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram; Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão (Porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios), E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão; Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência. E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios. Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Pois, se nós, que procuramos ser justificados em Cristo, nós mesmos também somos achados pecadores, é porventura Cristo ministro do pecado? De maneira nenhuma. Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor. Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde.” Grifo nosso (Gálatas 2.1.21).

Ainda no livro de Gálatas, o Apóstolo Paulo fala sobre a liberdade cristã, que se contrapõe ao legalismo:

Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da justiça. Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor.” Grifo nosso (Gálatas 5. 1-6).

Amados, quem verdadeiramente conhece e se entrega a Jesus Cristo se torna livre: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (...) Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8. 32 e 36).

Nós, que aceitamos e seguimos o Evangelho de Cristo, recebemos a salvação unicamente pela Graça de Deus (Efésios 2.8) e nos tornamos livres da escravidão da lei (de Moisés), da religiosidade e do pecado. Cristo, o nosso Senhor, nos comprou por bom preço, para que não sejamos servos de homens (1 Coríntios 7.23).

A palavra “Graça” significa o favor imerecido de Deus em favor da raça humana. Nós simplesmente não merecemos a salvação, mas Deus nos oferece este dom (da salvação) gratuitamente, por meio da fé no Evangelho de Jesus Cristo (Romanos 6.23). Não há nada que possamos fazer para merecer a salvação, ou seja, por mais que nos esforcemos, somos imundos e impuros diante da santidade e da justiça de Deus, conforme bem epigrafado em Isaias 64.6: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.”.

Por não merecermos a salvação, muitas vezes temos a errônea tendência humana de tentarmos alcançar o favor divino pelos nossos próprios méritos (auto-justificação). Quando assim agimos, enveredamos pelo caminho do legalismo cristão, caminho este em que se enfatiza, se prega e se ensina a severa obediência a rituais, a costumes, a fragmentos da lei de moisés e à normas extra-bíblicas  (provenientes de doutrinas puramente humanas ou demoníacas) que, na verdade, não tem nenhum proveito diante de Deus, conforme bem destacado em Colossenses, no capítulo 2, versículos 20 ao 23, que diz: “Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies {as quais coisas todas hão de perecer pelo uso}, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne.”

A religiosidade e o legalismo tornam o homem escravo (da religião, da denominação, do líder, etc), Jesus Cristo, no entanto, nos comprou por bom preço para nos tornar livres!

Quando falamos de legalismo e liberdade cristã, não podemos nos esquecer de falar também que há um  outro extremo, ou seja, há aqueles que se dizem cristãos, mas que vão radicalmente além da liberdade cristã, extrapolando-a.

Ainda no capítulo 5 da Epístola de Paulo aos Gálatas, no versículo 13 o Apóstolo nos dá uma clara advertência: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.” A liberdade cristã não pode ser confundida com libertinagem!

Sim, temos liberdade em Cristo Jesus, não obstante, devemos ter sempre em mente algumas recomendações da Palavra de Deus: a) Não temos liberdade para pecarmos, ao contrário, temos que ser livres dos pecados (conforme Romanos 6.6,22 e Gálatas 5.13); b) Temos que ser equilibrados, sensíveis e prudentes, conforme bem epigrafado em 1 Coríntios 10.23: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” e não podemos agir de forma que a nossa liberdade faça com que os irmãos cristãos mais fracos na fé tropecem (Rm 14.13,15, 21, 22).

O cristão verdadeiro não é escravo do pecado, é nova criatura, é regenerado, larga a servidão ao pecado para se tornar servo de Cristo. Não há cristianismo sem arrependimento (arrependimento não é remorso ou tristeza, é abominar e abandonar as práticas pecaminosas passadas).

Pecado não é brincadeira e não deve fazer parte da vida do cristão. Quando falamos de “pecado”, estamos falando de algo que não se confunde com cultura e nem com costumes (que são relativos), pois o “pecado”, ao contrário dos costumes e das culturas, é absoluto. O pecado não muda no tempo (foi pecado no passado, é pecado no presente e será pecado no futuro) e nem muda no espaço (é pecado no Brasil, no Japão, em Israel e em qualquer lugar).

Se o leitor quer conhecer alguns exemplos de práticas e atitudes que sempre foram pecados e sempre serão (pois estão na Bíblia de forma absoluta), basta ler a Bíblia Sagrada em Gálatas 5.19-21: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.” Quer saber outras coisas que sempre foram e sempre serão pecados, leia ainda em 1 Coríntios 6.10: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” Além de diversos outros versículos da Bíblia, outras coisas que sempre foram e sempre serão pecados também são descriminadas em Apocalipse 22.15: “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.”

Temos que tratar duramente com o pecado, todavia, não podemos ser como os fariseus legalistas, que enxergavam pecado onde não existia e que muitas vezes não enxergavam (ou fingiam não enxergar) aquilo que realmente era pecado (“Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo” - Mt 23.24). A Palavra de Deus também nos ensina que não devemos pregar, doutrinar ou nos submeter a regras e práticas religiosas que vão além da Bíblia Sagrada. O inconformismo com o puro evangelho é algo extremamente perigoso. O Legalismo faz com que o cristão se torne escravo (de um líder, de uma denominação, de leis), Jesus, no entanto, veio nos trazer a correta e equilibrada liberdade!

Que o Espírito Santo sempre nos guie pelo caminho da Verdade e que Ele nos ensine cada dia mais acerca do puro e genuíno Evangelho de Cristo. Que Deus nos livre de todo legalismo cristão, de toda religiosidade, de todo cristianismo judaizante, de todo farisaísmo, de toda escravidão, de todas as heresias, de toda libertinagem, de todas as doutrinas de homens e de todas as doutrinas de demônios. Que o Espírito Santo nos ensine a usufruirmos da Liberdade que temos em Cristo da forma correta, prudente, equilibrada, temperada e sensível. Que o Espírito Santo nos guie sempre pelo caminho do cristianismo correto e equilibrado!


Abraços e que Deus nos abençoe!

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Quem eram os Fariseus? Quais os erros dos Fariseus?

Graça, Misericórdia e Paz de Deus Pai e do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

Em diversas passagens bíblicas do Novo Testamento são citadas três figuras religiosas duramente criticadas por Jesus: os Escribas, os Fariseus e os Saduceus.

No meio do povo judeu, os Escribas eram os homens encarregados de fazer cópias dos textos do Antigo Testamento e também de interpretar as Escrituras. Os Escribas também eram conhecidos como Doutores da Lei (Lei de Moisés ou Mosaica).

Os Saduceus faziam parte de um pequeno grupo religioso judaico, sendo que as principais características deles eram que, diferentemente dos Fariseus, os Saduceus não acreditavam na existência de anjos, nem na ressurreição dos mortos e tampouco em espíritos (Mateus 22.23; Atos 23.8). A maioria dos saduceus eram sacerdotes ricos e influentes.

E os Fariseus, quem eram?



Vejamos a conceituação do Dicionário Teológico do Autor Claudionor Corrêa de Andrade (CPAD, 2007, p. 187):

“[Do hb. Pharush; do Gr. Pharisaios; do lat. Pharisaeu] Partidário de uma das principais seitas rabínicas dos tempos de Cristo. Tendo como líderes espirituais os escribas, sublimavam a letra da Lei Mosaica em detrimento do espírito desta. Por causa de seu formalismo e exterioridades, foram energicamente combatidos pelo Senhor Jesus. O fariseu caracterizava-se ainda pela ferrenha oposição aos outros religiosos, fugindo-lhes a qualquer contato. Ao contrário dos saduceus, acreditavam na existência dos anjos, dos espíritos, da ressurreição dos mortos. Alimentavam eles também uma forte expectativa messiânica. Hoje em dia, fariseu tornou-se sinônimo de orgulho e hipocrisia. É a perfeita figura de quem, apesar da santidade que ostenta, leva uma vida dissoluta e ímpia.”

Segundo a Pequena Enciclopédia Bíblica (Instituto Bíblico das Assembléias de Deus, 1985, p. 316), “Chamados fariseus, isso é, separados, porque não somente se separavam dos outros povos, mas também dos outros israelitas”.

Interessante também é a definição encontrada no Wikipédia: “Fariseu (do hebraico פרושים) é o nome dado a um grupo de judeus devotos à Torá, surgidos no século II a.C.. Opositores dos saduceus, criam uma Lei Oral, em conjunto com a Lei escrita, e foram os criadores da instituição da sinagoga. Com a destruição de Jerusalém em 70 d.C. e a queda do poder dos saduceus, cresceu sua influência dentro da comunidade judaica e se tornaram os precursores do judaísmo rabínico. A palavra Fariseu tem o significado de "separados", " a verdadeira comunidade de Israel", "santos". Sua oposição ferrenha ao Cristianismo rendeu-lhes através dos tempos uma figura de fanáticos e hipócritas que apenas manipulam as leis para seu interesse. Esse comportamento deu origem à ofensa "fariseu", comumente dado às pessoas dentro e fora do Cristianismo, que são julgados como religiosos aparentes.” (Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Fariseus>, Acesso em julho de 2011).

Alguns poucos fariseus não eram ruins, como Nicodemos e Gamaliel, todavia, vamos falar agora sobre alguns dos erros cometidos pela maioria dos Fariseus:

Os fariseus não eram espirituais, eram carnais, não tinham discernimento espiritual, e, por isto, blasfemaram contra o Espírito Santo dizendo que Jesus expulsou demônios pelo príncipe dos demônios (Mateus 9.34, Mateus 12.24, Lucas 11.15);

Os fariseus foram os maiores responsáveis pela morte de Jesus Cristo, pois não creram nEle, não aceitaram Jesus como o Messias (Mateus 12.14, 21.46, 27.41,62; Marcos 3.6; João 7.32, 11.47,57, 18.3);

A Bíblia também relata que os fariseus eram avarentos (Lucas 16.14);

João Batista chamou os fariseus de raça de víboras (Mateus 3.7), assim como Jesus também os chamou desta forma (Mateus 23.33);

Os fariseus achavam-se mais sábios e inteligentes do que Jesus, e, assim sendo, tentaram apanhá-lo em alguma palavra, mas não lograram êxito (Mateus 22.15,34);

Os fariseus observavam o sábado de maneira tão minuciosa que este dia, em vez de descanso, se tornou um fardo (Lucas 13.10-17, Mateus 12.1-14);

Os fariseus iam além do que prescrevia a Lei Mosaica, dando ênfase à tradição (lei oral, doutrinas de homens), ensinando que era necessário se lavar antes de comer, assim como prescreviam a minuciosa lavagem das mãos, pratos, copos, jarros, etc (Marcos 7.3,4);

Além de terem criticado Jesus por ele ter operado milagres no sábado e pelo fato de Jesus não ter ensinado aos discípulos as tradições dos anciões (lei oral), os fariseus também criticaram Jesus pelo fato d’ele ter comido com publicanos e pecadores (Mateus 9.11).

Os fariseus eram incrédulos e pediram de Jesus um sinal, sendo que Jesus se negou a fazê-lo (Mateus 8.11, 12.38, 16.1).

Apesar das provas estupendas que Jesus deu de seu Ministério, os fariseus preferiram a tradição e rejeitaram a salvação ofertada por Jesus (Mateus 15.2-6, Marcos 7.3-13, Colossenses 2.8).

Além destes citados erros cometidos pela maioria dos fariseus, o que mais chamava a atenção neles era o fato de eles terem sido hipócritas e religiosamente orgulhosos e arrogantes.

Vejamos o que diz as Sagradas Escrituras sobre os fariseus, no Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos, no capítulo 7, versículos 1 ao 9:

“E ajuntaram-se a ele os fariseus, e alguns dos escribas que tinham vindo de Jerusalém. E, vendo que alguns dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar, os repreendiam. Porque os fariseus, e todos os judeus, conservando a tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos muitas vezes; E, quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal e as camas. Depois perguntaram-lhe os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos por lavar? E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim; Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.” Sem negrito no original.

Infelizmente não são poucos os cristãos que são verdadeiros “cristãos fariseus”, que deixam a Bíblia em segundo plano para enfatizarem suas próprias tradições, costumes e ensinamentos humanos, sendo que muitas vezes chegam a invalidar a doutrina bíblica (que é a sã doutrina) para implantarem doutrinas humanas, culminando em legalismo cristão, religiosidade, pseudo-santidade e até em modismos.

Alguns cristãos dizem que é bom ter algumas regras a mais (além da bíblia, ou seja, doutrinas e ordenanças de homens) para que o povo se santifique mais e seja menos mundano, todavia, em Colossenses, capítulo 2, versículos 20 ao 23 está escrito que os ensinamentos e as ordenanças de homens em nada se aproveitam:

“Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne.” (sem negrito no original).

Esta satisfação da carne citada acima geralmente é promovida por meio do orgulho espiritual (p. ex.: “Olha para mim, olha como eu sou mais santo do que aquele”).

Vamos estudar mais um pouquinho sobre os fariseus. Na Bíblia há também outra famosa passagem bíblica sobre os fariseus que se encontra no livro de Mateus, no capítulo 23, do versículo 1 ao 7, que diz:

“Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos, Dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem; Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los; E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes, E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas, E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi.” (sem negrito no original).

No citado capítulo de Mateus (23), ainda está escrito sobre os fariseus:

“13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando. (...) 23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. 24 Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo. 25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade. 26 Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo. 27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. 28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. 33 Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?”

Os fariseus, para parecerem santos, separados, usavam roupas e adornos característicos, ou seja, eles usavam vestimentas diferentes das vestimentas do seu próprio povo (aumentavam as franjas dos vestidos e usavam largos filactérios), de forma que podiam ser reconhecidos de longe pela aparência, conforme Mateus 23.5. Hoje em dia também não são raros os cristãos que, assim como os fariseus, tentam ser reconhecidos unicamente por uma aparência diferenciada, quando na verdade deveriam ser reconhecidos pelo caráter cristão e pelas boas obras. Um dos ensinamentos que Jesus deixou para nós quando ele estava se referindo aos fariseus é que devemos fugir da falsa santidade! Como cristãos, temos que buscar a santificação e pregar a santidade, mas a santidade não pode ser uma santidade aparente (farisaica), tem que ser uma santidade prática e verdadeira!

Também não são raros os cristãos que, assim como os fariseus, ostentam grande santidade exterior, pregam e ensinam doutrinas humanas que vão além das Escrituras, e que, assim como os fariseus, em suas vidas não praticam o que pregam, às ocultas cometem toda sorte de pecados e estão com as suas mentes e corações cheios de malícias, pecados, iniqüidades e hipocrisia. Um outro “recado” que Jesus deixou para nós quando ele se referiu aos fariseus é que devemos fugir da hipocrisia religiosa! Temos que ser verdadeiros! Temos que praticar o que pregamos! Não podemos ir além das Escrituras e pregar ou ensinar doutrinas de homens! Temos que pedir o auxílio do Espírito Santo para conseguirmos entender o real sentido das Escrituras, para não deixarmos os nossos dogmas, costumes, tradições, religiosidades, doutrinas e liturgias se sobreporem às Escrituras.

Diz a história (bíblica e secular) que os fariseus não só se separavam dos outros povos (gentios, pagãos) como também se separavam dos próprios israelitas ("escolhidos por Deus"). Hoje em dia não é diferente, pois há cristãos que, assim como os fariseus, se acham mais santos que os outros cristãos que não fazem parte de seu grupo religioso e evitam qualquer tipo de comunhão com os irmãos na fé que fazem parte de outras denominações cristãs.

Outra coisa que chama muito a atenção é o orgulho e a arrogância espiritual dos fariseus. Eles realmente gostavam de invocar todas as atenções para eles mesmos (ao invés de chamarem a atenção para Deus) e de parecerem santos e espiritualmente superiores aos demais religiosos. Os fariseus gostavam de títulos (gostavam de ser chamados de mestres, conforme Mateus 23.7), gostavam de sentar em lugares de destaque nas ceias e sinagogas (Mateus 23.6). A parábola do fariseu e do publicano representa muito bem o orgulho espiritual dos fariseus (Lucas 18.10-14):

“Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.”

A soberba espiritual é um sentimento que impede a manifestação da graça de Deus! Nós não somos merecedores ou dignos de nada, Deus nos abençoa e nos justifica por causa de seu infinito amor e graça, por intermédio de seu Filho Jesus! Assim como o publicano, temos que nos humilharmos na presença de Deus!

No livro de Mateus, no capítulo 6, Jesus nos ensinou importantes princípios para que possamos obter as recompensas celestiais. Quando damos esmolas, oramos ou jejuamos com o fim de sermos vistos pelos homens, não recebemos as recompensas celestiais, ou seja, recebemos somente a recompensa terrena (a recompensa terrena é o reconhecimento humano, os elogios, que muitas vezes inflam o ego humano, enchendo a pessoa de orgulho, p.ex.: "Olha como o fulano é um homem bom, olha como o cicrano ora bastante, olha como o beltrano jejua"):

“1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. 2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; 4 Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente. 5 E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. 16 E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 17 Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, 18 Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”

Portanto, se você quer receber as recompensas celestiais, não diga para ninguém o quanto você ora, não diga para ninguém o quanto você jejua, não diga para as pessoas que você está fazendo algum sacrifício ou propósito, não dê esmolas ou ajude as pessoas para ser visto ou reconhecido pela Igreja ou pela Sociedade e não seja uma pessoa espiritualmente orgulhosa ou arrogante!

Caso você queira ser grande no reino dos céus, Jesus te dá a dica e te ensina como isto é possível em Mateus 18.1-4:

“Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles, E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus.”

Muito pouco se prega sobre os erros e os maus exemplos dos fariseus em algumas denominações cristãs (muitas vezes eu fico me perguntando sobre qual seria o motivo de muitas Igrejas Locais não ensinarem sobre os fariseus?!), todavia, conforme visto acima, não se trata de um tema complexo, pois os ensinamentos bíblicos a respeito dos erros e maus exemplos dos fariseus (que nós cristãos temos que evitar) são extremamente claros e fáceis de serem entendidos, ou seja, a Bíblia fala por si mesma!

É muito perigoso ser como os fariseus, pois a Bíblia nos dá este alerta em Mateus 5.20: "Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.", ou seja, não podemos ser como eles (hipócritas, santos só na aparência, legalistas), temos que ser melhor do que eles (verdadeiros, santos de dentro para fora, equilibrados).

Não podemos ser cristãos semelhantes aos fariseus dos tempos de Jesus! Temos que ser puros, verdadeiros, humildes, simples e justos! Devemos pregar, ensinar e praticar o evangelho puro e simples, sem tirar ou acrescentar nada!

Que Deus nos abençoe, nos guie, nos livre de todo mal e também do farisaísmo religioso cristão!

Abraços!


sábado, 16 de julho de 2011

Quem foi Jezabel?

Graça e Paz de Cristo! 

Alguns cristãos, quando ouvem o nome bíblico "Jezabel", pensam numa mulher cheia de jóias, pintada (maquiada), sedutora, atraente e bela (pensam apenas isto). Os que pensam em Jezabel desta forma distorcida e minimalista, por desconhecê-la, estão tornando Jezabel quase que uma “santa”, na verdade estão quase que “elogiando-a”!

Este visão minimalista de Jezabel baseia-se no que foi escrito em 2 Reis 9.30: “Depois Jeú veio a Jizreel, o que ouvindo Jezabel, pintou-se em volta dos olhos, enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela.”.  Este fato  está relatado no livro de 2 Reis, no capítulo 9 (que trata da execução de Jezabel), sendo que a maior parte da história de Jezabel está relatada no livro de 1 Reis (capítulos 16, 18, 19 e 21).

A Bíblia não revela o significado do fato de Jezabel ter pintado em volta dos olhos, ter enfeitado a sua cabeça e olhado pela janela em direção a Jeú, todavia, isto pode ter dois significados, conforme alguns estudiosos da Bíblia: 1) Talvez Jezabel tenha se pintado e se adornado para tentar seduzir Jeú com sua beleza, mas Jeú não se deixou levar pela beleza de Jezabel, sendo que logo depois deste ato de Jezabel, Jeú foi o responsável pela morte dela; 2) Talvez Jezabel tenha se pintado e se adornado para desafiar Jeú, assim como fazem alguns indígenas e tribais, que se pintam e se adornam antes de enfrentarem os inimigos (como um sinal de guerra).

A Palavra de Deus também não relata nada a respeito da beleza de Jezabel, mas possivelmente ela era bonita e atraente,  pois o Rei Acabe, que era um homem poderoso e que poderia ter muitas mulheres aos seus pés, se apaixonou por Jezabel (mulher estrangeira e possivelmente exótica) e a tomou como esposa (tornando-a Rainha). A Bíblia também não relata se Jezabel vivia se embelezando e se adornando, pois a única situação que as Sagradas Escrituras fala que Jezabel se pintou e se enfeitou é em 2 Reis 9.30, ou seja, no momento em que Jeú, o executor de Jezabel, se aproximava do palácio real enfurecido, com a intenção de matá-la.

Alguns cristãos chegam a afirmar que Jezabel teria sido a inventora da maquiagem, mas isto é uma ideia absurda. Em nosso mundo dito civilizado, a maquiagem foi inventada no Antigo Egito, milhares de anos antes da dita Jezabel existir. Cabe ainda destacar que vários povos tribais isolados, que nunca tiveram contado com as  civilizações, usam pinturas e adereços corporais há milênios. Chama a atenção o fato de que o Profeta Elias ou qualquer outro profeta de Deus não tenham feito, em nenhum momento, qualquer crítica quanto à aparência de Jezabel, pois, na Bíblia, Jezabel foi criticada e condenada à morte por Deus devido a outras coisas que ela praticou, muito ruins aos olhos de Jeová, conforme veremos adiante.

Afinal, quem foi Jezabel?


Vamos contar a história desde o início, de forma resumida e com as referências bíblicas.

Acabe foi o oitavo rei de Israel (Na época, Israel já tinha sido dividida em 2 reinos, Judá - ao Sul, e Israel - ao Norte, sendo que Acabe foi Rei do Reino do Norte, Israel), e, segundo os historiadores, ele tornou-se rei no ano de 874 Antes de Cristo. Acabe era um líder e estrategista militar de grande capacidade, mas foi o rei mais ímpio de Israel (1 Reis 21. 25,26). Com tantas mulheres belas no meio do povo de Deus (Israel), Acabe tomou como esposa uma mulher de outra terra, chamada Jezabel, mulher pagã, filha de Etbaal, rei dos sidônios (1 Reis 16.31).  Jezabel então se tornou Rainha! Uma Rainha pagã e estrangeira em Israel!

A principal característica de Jezabel era a idolatria, pois ela era uma adoradora e profetiza de Baal (1 Reis 16.31). Jezabel tinha um grande poder de convencimento, e, assim sendo, ela convenceu o seu esposo Acabe, rei de Israel, a implantar a adoração a deuses estranhos em Israel, afrontando e irritando o verdadeiro Deus, Jeová (1 Reis, 16.31-33). Além disto, Jezabel sustentou em Israel, com o "dinheiro público", 450 profetas de Baal e 400 profetas de Asera (1 Reis 18.19).  Jezabel era uma verdadeira ocultista, bruxa, feiticeira, uma mulher muito amiga das prostituições (2 Reis 9.22).

Os pecados de Jezabel não acabam por aí, ou seja, ela não era somente idólatra, feiticeira e cheia de prostituições. Jezabel era uma mulher muito má, astuciosa, maquiavélica e também uma cruel assassina, pois perseguiu e matou vários profetas de Jeová, o verdadeiro Deus, conforme está escrito em 1 Reis capítulo 18, versículos 4 e 13. Jezabel inclusive planejou a morte do Profeta Elias (1 Reis 19.2), sendo que o intrépido Elias chegou a fugir da ira de Jezabel (1 Reis 19.3 e ss.). A Bíblia também relata que Jezabel incitava o seu esposo (Rei Acabe) a fazer o que era mau aos olhos do Senhor (1 Reis 21.25). Segundo os teólogos, Jezabel foi a mulher mais ímpia e tenebrosa que viveu em Israel. 

Além de grande idólatra, Jezabel era tão má, ardilosa, astuciosa, maquiavélica e cruel, que para ela não interessavam os meios para conquistar os seus objetivos. A Bíblia relata que o Rei Acabe desejava comprar ou permutar a vinha de um homem chamado Nabote (de Jizreeel), vinha esta localizada em Jizreel, ao lado de um dos palácios do Rei Acabe (1 Reis 21.1,2), no entanto, Nabote se recusou a vender ou a permutar a vinha dele por outra, o que causou aborrecimento no Rei Acabe (1 Reis 21.3,4). Jezabel, ao saber disto, garantiu a Acabe que obteria a vinha de Nabote (1 Reis 21.7). Mulher inteligente, independente e maquiavélica, Jezabel enviou cartas, em nome de Acabe, aos anciões e nobres que haviam em sua cidade (1 Reis 21.8). Nas cartas foi ordenada a condenação de Nabote por blasfêmia contra o rei e contra Deus, assim como a execução do mesmo por apedrejamento, sob denúncia de duas falsas testemunhas (1 Reis 21.10-14). Nabote foi morto e Jezabel presenteou o esposo (Rei Acabe) com a vinha (1 Reis 21.15,16). 

Esta injustiça com Nabote foi a gota d'água. O profeta Elias, quando soube o que aconteceu com Nabote, profetizou contra Acabe e contra Jezabel. Elias, cheio de Deus, profetizou que Jezabel seria devorada pelos cães junto ao antemuro de Jizreel, no local da vinha de Nabote (1 Reis 21.23). A profecia se cumpriu algum tempo depois, sendo que Jezabel foi atirada da janela pelos Eunucos a pedido de Jeú, que em seguida a atropelou (2 Reis 9. 32,33). Algumas horas depois, quando decidiram sepultá-la, só encontraram a caveira, os pés e as palmas das mãos dela (2 Reis 9. 35-37), sendo que Jezabel morreu, foi devorada pelos cães e virou "esterco" justamente no local em que foi predito por Deus (Jizreel, ao lado do palácio real).  Deus é justiça!

O nome “Jezabel” também aparece no Novo Testamento, designando (de forma real ou por semelhança à Jezabel do Velho Testamento) uma falsa profetisa da cidade de Tiatira. Esta “Jezabel” de Tiatira, além de falsa profetisa era também uma mulher adúltera, sendo que a mesma dirigia o povo para a idolatria e para os pecados sexuais (Apocalipse 2.20 e ss.).

Que Deus nos dê discernimento para que possamos reconhecer os homens e mulheres que são  "Jezabéis" de nossos dias, homens e mulheres cheios de demônios e com o caráter idêntico ao de Jezabel! Pessoas que muitas vezes estão no nosso meio (cristão), mas que, na verdade, estão separadas de Deus e, assim como a Jezabel descrita na Bíblia, também são idólatras, más, imorais, materialistas, mundanas, sedutoras, enganadoras, mentirosas, subjugadoras dos mais fracos, maquiavélicas, que profetizam e ensinam falsamente, perseguem e tentam acabar com os verdadeiros profetas de Deus! Que Deus nos livre destas pessoas!

Abraços e que Deus nos abençoe!

domingo, 10 de julho de 2011

Como ser luz do mundo !!!

Graça e Paz! 

Na Palavra de Deus há uma famosa passagem bíblica, localizada no Evangelho segundo escreveu Mateus, no capítulo 5, versículos 14 ao 16, que diz: 

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”



Muitas pessoas não entendem esta passagem bíblica, não obstante ela seja relativamente fácil de ser compreendida. Alguns pensam e ensinam que para um ser humano se tornar luz do mundo bastaria mudar de aparência  e ser  reconhecido de longe como sendo um "cristão" ou "crente", unicamente pela  aparência (na verdade, este ensinamento errôneo é impossível de ser colocado em prática em alguns países de culturas e  costumes diferentes dos nossos, como os países de maiorias islâmicas, por exemplo, e, além disto, este ensinamento errôneo também me faz lembrar dos Fariseus, que foram duramente criticados por Jesus e que se vestiam de forma diferente dos demais com o fim de serem reconhecidos pelas pessoas, conforme Mateus 23.5). No entanto, o que nos interessa é o que a Bíblia ensina sobre como ser “luz do mundo”. Ser luz do mundo é algo que vai muito além da aparência, é algo muito mais profundo e difícil do que pensam e ensinam alguns de forma errônea ou incompleta.

Primeiramente, deve ser destacado que Jesus é a luz do mundo: “Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” João 8:12 

Portanto, o primeiro ensinamento que a Palavra de Deus nos traz a respeito deste assunto é que, se quisermos ser “luz do mundo”, temos que aceitar a Jesus Cristo e ser imitadores dEle (Efésios 5.1; 1 Coríntios 11.1), ser discípulos dEle, renunciar a nós mesmos, tomar a nossa cruz (Mateus 16.24) e seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, pois, assim, não andaremos mais em trevas, mas teremos a luz da vida sempre conosco, que é a presença do Consolador enviado por Jesus, o Espírito Santo, que nos guia pelo iluminado caminho da salvação. 

Quando verdadeiramente nos entregamos a Cristo, somos transformados, nos tornamos novas criaturas: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2 Coríntios 5:17. Deus é Santo, Jesus é Santo, e, portanto, quando nascemos de novo (João 3.3) nos tornamos semelhantes a Cristo, que é a luz do mundo. Este novo nascimento só se torna possível quando nos arrependemos de nossas práticas pecaminosas e passamos a nos santificar integralmente (corpo, alma e espírito, conforme 1 Tessalonicenses 5.23). Quem é luz do mundo é separado (santificado), não se contamina com as trevas (odeia o pecado, não se deixa levar pelas propostas do diabo e da carne). Portanto, amados, ser Luz do Mundo é muito mais difícil do que simplesmente manter uma aparência de “crente". Não podemos nos conformar com o cristianismo superficial e barato que é pregado em muitos lugares, onde se enfatiza e se prega somente a mudança da aparência ou a mudança de uma situação difícil (emocional, saúde, financeira, etc.) e pouco ou nunca se fala do Evangelho Genuíno, que é Evangelho do novo nascimento, da renúncia, da mudança de caráter, do sofrimento e das perseguições pelo amor ao Evangelho de Cristo, o Evangelho das boas obras e dos bons frutos. Quando a Luz que é Jesus entra dentro de nós, esta Luz começa a brotar do nosso interior e a irradiar para o exterior, daí então quando as pessoas olham para nós o que elas enxergam não é a nós mesmos, mas enxergam a própria Luz de Jesus irradiando de nossas vidas, e por isto dão Glórias a Deus!

O segundo ensinamento que a Palavra de Deus nos clareia a respeito desta temática é que, quando seguimos a Jesus e nos tornamos imitadores dele, naturalmente começamos a praticar boas obras. O próprio versículo 16 de Mateus 5 explica os versículos anteriores, 14 e 15: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Note que a Bíblia não diz “para que vejam a vossa aparência” ou ainda "para que vejam a vossa prosperidade", não, a Palavra não diz isto! O que a Bíblia nos ensina, com clareza solar, é que, quando somos verdadeiros seguidores e imitadores de Cristo, a Luz de Cristo resplandece em nós e, assim como Jesus, passamos a praticar boas obras (materiais e espirituais), e estas boas obras são vistas pelos homens, não para a nossa própria glória, mas para que Deus seja glorificado. 

Isto está em concordância com o Evangelho de João 3.19-21, que diz: “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” 

A Palavra ainda nos ensina: “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade); Aprovando o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as” Efésios 5.8-11 

Para ser luz do mundo é necessário largar as trevas e se tornar nova criatura em Cristo. Quando nascemos em Cristo e caminhamos com Ele, naturalmente a Luz dEle passa a brilhar em nós, sendo que a consequência disto é que passamos a praticar boas obras e a odiar as obras infrutuosas e más das trevas.

Não estou falando em salvação por obras! Não podemos colocar a carroça na frente dos bois, conforme diz o ditado popular! O Cristão não faz boas obras para ser salvo, ele faz boas obras porque ele é salvo! Salvação não é algo que pode ser obtido simplesmente ao se aceitar a Jesus como Salvador em um convite feito em um culto, pois isto é simplesmente a porta da salvação, todavia, depois da porta vem o caminho, e o caminho da salvação é estreito, conforme explicado na postagem anterior. O caminho da salvação nos leva ao arrependimento diário, a uma vida de renúncia, a odiar o pecado, a uma transformação, a uma regeneração, nos torna parecidos com Jesus Cristo! Assim sendo, a prática de boas obras acaba sendo uma conseqüência natural na vida daqueles que aceitam a Jesus de coração, se arrependem de suas práticas e mudam de vida. 

Quando Zaqueu teve um encontro com Jesus, ele se arrependeu de suas práticas e rapidamente passou a praticar boas obras, conforme relatado no Evangelho segundo Lucas, capítulo 19, versículos 8 ao 10: “E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” 

A Bíblia nos ensina que a salvação não vem por meio de obras, conforme Efésios 2.8,9: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”, não obstante, a Palavra nos ensina que pouco proveito há em nossa fé se guardarmos ela para nós mesmos, se não colocarmos ela em prática. Se não colocarmos em prática tudo que Jesus e a Palavra de Deus nos ensinam, de nada adiantaria a nossa fé, pois a fé sem obras é morta: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.” Tiago 2.26. 

A Bíblia ainda nos ensina: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” Tiago 1.27. 

A nossa fé em Jesus Cristo não é algo simplesmente teórico ou poético, é algo prático! O cristão verdadeiro é luz do mundo, e a luz não pode ficar escondida. Este cristianismo prático é algo real e palpável, pois em nossa caminhada cristã temos visto e convivido com pessoas genuinamente transformadas pelo Evangelho de Cristo, pessoas que antes andavam nas trevas, mas que hoje estão transformadas e andam na luz! Pessoas que antes roubavam, mas que hoje não roubam mais, pessoas que antes viviam mergulhadas em adultérios e prostituições, mas que hoje não adulteram e não se prostituem mais, pessoas que antes eram gananciosas, mas que hoje dividem tudo que possuem, pessoas que antes eram homicidas e perversas, mas que hoje são mansas, boas e ajudam as pessoas! A verdadeira Igreja de Cristo é composta por estas pessoas que se deixaram ser regeneradas e transformadas por Cristo, tornando-se novas criaturas, refletindo a Luz de Cristo em suas vidas!

Também não podemos nos esquecer que a essência do cristianismo é o amor, e, assim sendo, quem é seguidor de Jesus é reconhecido principalmente pela prática da maior de todas as boas obras (1 Coríntios 13.13), que é  o amor, conforme escrito em João 13.35: "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros."

Ainda com relação às boas obras, vale a pena citarmos também a advertência de Jesus em Mateus 25.42-46: "Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna."

Para você que ainda não é luz do mundo a minha sugestão é que aceite o convite de Jesus: “Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.” João 12.46. Portanto, se você quer ser liberto do caminho das trevas e da perdição eterna, dê o primeiro passo, ou seja, creia em Jesus e o confesse como seu único, suficiente e eterno salvador.  "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa." Atos 16.31.

Se você é luz do mundo, mantenha a luz sempre acesa, afinal, de que adiante ser luz e deixar ela apagada?  No Reino Celestial não é necessário economia de energia ou racionamento! Também não seja como uma luz de natal, que até tem boa aparência, mas é inconstante (pisca-pisca)! Deixe a Luz da Vida brilhar constantemente através de você, influenciando todas as trevas que estão em sua volta, fazendo com que elas também sejam transformadas em luz!

Abraços e que Deus nos abençoe!

terça-feira, 28 de junho de 2011

A porta e o caminho estreitos!

Graça e Paz!

Em Mateus, capítulo 7, versículos 13 e 14 está escrito:

“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.”

Amados, nestes versículos há duas categorias distintas, ou seja, uma coisa é a porta, outra coisa é o caminho!

A porta significa a entrada, o ingresso! A porta é estreita, e, numa porta estreita só entra uma pessoa por vez, ou seja, a porta para a salvação é individual, a decisão por aceitar ou não a mensagem da salvação (que é o evangelho de Jesus Cristo, que veio a este mundo em carne, morreu para o perdão dos nossos pecados e ressuscitou no terceiro dia) é individual! Jesus é a única porta (João 10.9)!  Infelizmente são poucas as pessoas que, tendo o conhecimento da existência desta porta e a oportunidade de entrar por ela, tomam a correta decisão de entrar por esta única porta que pode proporcionar salvação eterna, que é a aceitação do Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo!

Depois que a pessoa entra pela porta (aceitação do sacrifício vicário de Jesus Cristo, nosso único Salvador), vem o caminho! O único caminho é Jesus, que, em João 14.6 disse: “(...) Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jesus não disse que é um dos caminhos, Ele afirmou que é “o” caminho, ou seja, Ele é o único caminho!

Mais uma vez, depois de se ter entrado pela porta, o caminho que se segue e que conduz para a salvação eterna também é estreito, nos trazendo a idéia de que o caminho para a salvação também é individual, dependendo de cada um de nós (Romanos 14.12)! A Salvação só pode ser obtida desta forma, pois Jesus é o único caminho que nos leva até Deus (João 14.6)! Só Jesus pode perdoar os nossos pecados (1 João 1.9)! Jesus é o nosso fiel Advogado (1 João 2.1)! Jesus é o Único mediador entre Deus e o homem (1 Timóteo 2.5)!

Todas as outras aparentes "portas e caminhos", apesar de perecerem que são várias portas e caminhos (ensinamentos, religiões, etc.), por  serem aparentemente diferentes umas das outras, na verdade estão juntas, formando então uma única porta e um único caminho largos, que conduzem para a perdição eterna! Na verdade, há só duas portas e dois caminhos! Ou a pessoa diz sim para Jesus e entra pela porta e pelo caminho da salvação (caminho das minorias), ou a pessoa diz não para Jesus (dizendo sim para qualquer outra coisa), quando então a pessoa entrará na porta e no caminho da perdição, que é a porta e o caminho das maiorias!

O caminho estreito também nos faz lembrar das dificuldades que enfrentamos como cristãos, nesta caminhada rumo ao nosso alvo, que é a nossa morada nas mansões celestiais ao lado de Deus Pai e de seu Filho, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

Afinal, Jesus disse que seríamos perseguidos por causa do nome dEle (Mateus 24.9)! Além disto, neste caminho estreito não é possível levar nenhuma bagagem a não ser a cruz, ou seja, para seguir por este caminho temos que renunciar a nós mesmos e carregar somente a nossa cruz, conforme disse Jesus: “E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.” Marcos 8.3. Quando realmente estamos levando as nossas cruzes (que significa "dificuldades"e também "renúncias") deixamos todas as nossas bagagens de lado, pois a cruz exige que todos os esforços estejam voltados para carregar ela!

Infelizmente há cristãos que pensam no caminho estreito como uma série de normas legalistas, todavia, seguir apenas uma cartilha de regras (coisas que podem e coisas que não podem) até que seria fácil! O Caminho da salvação não é tão fácil e a salvação não pode ser obtida ao se seguir uma lista de regras e costumes! A Salvação só pode ser obtida por meio de Jesus (Graça - Efésios 2.8), e, aceitar Jesus nos leva a um caminho de liberdade com relação à Lei (“Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11.30, em concordância com Gálatas 3.11), não obstante, o caminho da salvação é um caminho de perseguições e de renúncia pessoal (renúncia ao pecado, renúncia à carnalidade, renúncia a tudo o que temos e somos, etc.).

Amados, seguir uma lista de regras não é tão difícil, o mais difícil é seguir os dois (só dois, mas com uma amplitude gigantesca) mandamentos estabelecidos por Jesus: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mateus 22.37-40)

Quando Jesus fala sobre amar a Deus de todo o coração, alma e pensamento, Jesus está falando que os nossos bens materiais e as coisas mais preciosas que temos (como a nossa família, por exemplo) não podem ser mais amadas do que Deus ou tomar o lugar dEle, sendo que Deus deve ser a prioridade das nossas vidas! Para conseguirmos amar a Deus intensamente temos que estar desapegados das coisas terrenas! Quando amamos a Deus intensamente, cumprimos a vontade dEle, e a vontade dEle é que nos afastemos do pecado, da imoralidade e da carnalidade! Quando Jesus fala que devemos amar ao próximo como a nós mesmos, Jesus está falando que devemos amar, orar e abençoar não só aos nossos vizinhos e amigos, mas também aos nossos inimigos (Mateus 5.44), a quem devemos inclusive dar a outra face (Mateus 5.39). Seguir estes dois mandamentos nos leva a um caminho de “renúncia” (cruz), ou seja, ao “caminho estreito” pregado por Jesus, por vezes muito difícil, mas que nos conduz à salvação! 

O próprio Jesus, quando estava falando da porta e do caminho estreito (Mateus 7.13 e 14), logo depois (no versículo 21) falou que para entrarmos no reino dos céus temos que cumprir a vontade de Deus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”. Quando deixamos os nossos desejos e os nossos sonhos de lado, para viver os sonhos de Deus e a vontade dEle em nossas vidas, estamos no caminho estreito, numa vida de renúncia que nos conduz à salvação!

Como conhecer uma pessoa que está no caminho estreito? Pela aparência? Pela aparência não, mas pelos frutos sim! Logo após Jesus ter falado da porta e do caminho estreito, Jesus fala que pelos frutos se conhece quem é um falso profeta (que ensina outros caminhos) e quem é de Deus (Mateus 7. 15-20).

Não se deixe enganar por aqueles que pregam que a vida cristã é um mar de rosas e que para seguir a Jesus não é necessário renunciar a nada ! Para andarmos nos caminhos de Jesus temos que morrer para nós mesmos e nascer de novo (João 3.3), e este novo nascimento nos levará a uma vida de renúncia à nossa própria vontade, para que possamos cumprir a vontade de Deus (ver Lucas 14.33)! Enquanto estivermos nesta terra haverá lutas, perseguições, dificuldades, choros e dores, no entanto, estamos neste mundo mas não somos do mundo, somos como forasteiros em terras estranhas, sendo que a nossa herança não está nesta terra! Estamos nesta terra de passagem, tudo aqui acabará e a nossa vitória definitivamente será alcançada quando nos encontrarmos com Jesus e entrarmos no céu: "E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." Apocalipse 21.4

Se você ainda não entrou pela porta e pelo caminho estreito, Jesus te convida: Entre! Saiba que se você entrar vai valer à pena! A vida cristã não é um mar de rosas, mas esta porta e  este caminho estreito, que é Jesus, garantem a você à salvação eterna! Se você já está no caminho estreito, fique firme, não olhe para a direita, nem para a esquerda, nem para trás, apenas prossiga para o alvo: “Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3.13-14

Abraços e que Deus nos abençoe!

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ilustres Heróis Anônimos!

Graça e Paz!

Nós, cristãos, temos o costume de admirar alguns ícones da cristandade, sejam do passado, como aqueles grandes homens e mulheres de Deus descritos na Bíblia (Pedro, Paulo, Tiago, João, Moisés, Ester, Elias, entre tantos outros), aqueles que fizeram parte da história da Igreja (Lutero, Calvino, Aquino, Agostinho, entre outros) ou ícones mais contemporâneos, como Billy Graham, C. S. Lewis, Moody, Madre Tereza de Calcutá, Reinhard Bonnke, Benny Hinn, T. L. Osborn, Daniel Berg, Pr. Fulano, Reverendo Beltrano, Missionário Ciclano, entre tantos outros. Não obstante, sem desmerecer estes santos homens e mulheres de Deus, há um grande grupo de cristãos (milhões, na verdade) que sequer sabemos os nomes, mas que, no entanto, praticaram e têm praticado verdadeiros atos de heroísmo por amor ao evangelho. Estou falando dos milhões de irmãos e irmãs em Cristo que, assim como alguns mártires e heróis do passado, também em nossos dias têm sofrido perseguições, torturas e até mesmo martírios pelo amor ao evangelho de Cristo, sendo que atualmente o número de cristãos perseguidos é bem mais expressivo do que no passado (Na atualidade, segundo algumas pesquisas, em torno de 100.000 cristãos morrem por ano, martirizados por causa da fé em Cristo)! Eles deveriam ser alvos de nossa grande admiração e estima, todavia, boa parte de nós cristãos sequer pensamos neles, intercedemos por eles ou os ajudamos na medida do possível.

Neste exato momento em que você lê estas linhas, com toda liberdade religiosa (e muitas vezes nem valorizamos esta liberdade que temos), há muitos cristãos que estão presos simplesmente por serem cristãos, há vários cristãos em campos de concentrações simplesmente por terem confessado que Cristo é O Salvador, há muitos cristãos sofrendo torturas e ameaças por causa da fé em Jesus, talvez há cristãos que estão sendo martirizados neste exato momento e há muitos cristãos sedentos por uma Bíblia ou simplesmente por uma parte dela (pois em muitos lugares a Bíblia é proibida ou sequer foi traduzida, enquanto nós, que temos as Sagradas Escrituras livremente, muitas vezes deixamos ela de lado!)!

O que, motivado pelo Espírito Santo, venho pedir aos leitores deste blog é que: 1) Estejam constantemente clamando e intercedendo pela Igreja perseguida, pelos nossos irmãos e irmãs em Cristo que têm sofrido por consequência de terem aceitado o Evangelho de Jesus Cristo; 2) Intercedam pelas nações em que não há liberdade religiosa ou que exista muita intolerância aos cristãos; 3) Intercedam pela salvação de almas nestes lugares difíceis; 4) Intercedam e clamem em favor dos missionários, obreiros e pessoas que destemidamente estão cumprindo o “Ide” de Cristo nos lugares em que há perseguição ao cristianismo; 5) Contribuam financeiramente em favor da Igreja perseguida; 6) Se você reside no Brasil ou em outro lugar que exista liberdade e boa tolerância religiosa, agradeça a Deus por isto; 7) Por fim, estejam intercedendo pela nossa nação, o Brasil, para que possamos continuar tendo liberdade religiosa e de expressão.

Se você, em qualquer lugar do mundo ou até mesmo aqui no Brasil, é alguém que já foi perseguido pelo amor ao evangelho de Cristo, seja no teu trabalho, seja na tua escola, seja na tua faculdade, seja no meio da tua família ou em qualquer outra situação, esteja convicto de que você é alguém especial e bem aventurado! Nós, “tiramos o chapéu para você”, somos teus “fãs”, teus admiradores! Eu e milhões de irmãos e irmãs em Cristo nos importamos e nos preocupamos contigo, estamos intercedendo por você e, na medida do possível, estamos (ou estaremos) te ajudando.

Cristãos Perseguidos, vocês são Ilustres Heróis Anônimos! Mas para Deus vocês não são anônimos, vocês são especiais! Ele sabe o nome e a história de cada um de vocês! Deus está com vocês! Deus é fiel e justo, por isto, tenham a certeza de que receberão uma indescritível e maravilhosa recompensa por toda boa obra e pelo amor ao evangelho de Cristo, assim como receberão a recompensa aqueles que lhes causaram danos, pois Deus é justo!

Veja o que a Bíblia diz a respeito deste assunto:

“Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.” Lucas 9.24

“Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.” Mateus 24.9

"Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro." Romanos 8.36

“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” 2 Timóteo 3.12

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;” Mateus 5.10

“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;” 2 Coríntios 4.8,9

“E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Apocalipse 22.12

“Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.” 1 Coríntios 3.8

“Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mateus 5.12

“Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.” Hebreus 10.30

Amados, há algumas organizações missionárias muito boas que servem e ajudam cristãos perseguidos (Missão Portas Abertas e Missão a voz dos mártires, por exemplo) e no site deles tem vídeos, formas de contribuir em favor da Igreja Perseguida, notícias da Igreja perseguida, muitas informações, etc. Visitem os sites abaixo e sejam tocados pelo Espírito Santo a interceder e a fazer alguma coisa pela Igreja Perseguida!

Site da Missão Portas Abertas, que ajuda cristãos perseguidos (com informações, notícias, vídeos, formas de contribuir, etc):
http://www.portasabertas.org.br/

Site de outra organização missionária que ajuda cristãos perseguidos (com informações, notícias, vídeos, formas de contribuir, etc):
http://www.vozdosmartires.com.br/  

Canal da Missão Portas Abertas no Youtube, com muitos vídeos:  
http://www.youtube.com/user/missaoportasabertas

Vídeo sobre os 10 países com  mais perseguições aos cristãos (lista do ano 2010):
http://www.youtube.com/watch?v=L2DmLULc5sE&feature=related

Vídeo com cenas reais de cristãos sendo perseguidos:  
http://www.youtube.com/watch?v=t0UqjoYp7rY&feature=related

Outro vídeo sobre a Igreja perseguida:
http://www.youtube.com/watch?v=ijWJFBCmDi8&feature=related 

Vídeo forte, com cena de cristãos sendo torturados com fogo até a morte na África:   
http://www.youtube.com/watch?v=qkz3vto2y88&feature=player_embedded

A importância das nossas intercessões pelos cristãos perseguidos (vídeo - testemunho):  
http://www.youtube.com/watch?v=BsjzfZrrSa8&feature=related

No Youtube há diversos outros vídeos sobre a “Igreja Perseguida”!

Quando vemos alguns vídeos reais de irmãos em Cristo sendo torturados e mortos, percebemos que boa parte de nós, cristãos com liberdade religiosa, não valorizamos a liberdade que possuímos, sendo que muitas vezes deixamos de lado a Bíblia, a Igreja Local, os cultos e a comunhão com os nossos irmãos em Cristo! Aproveitemos a liberdade que temos enquanto é possível, afinal, o dia de amanhã não nos pertence (ninguém sabe onde estaremos no dia de amanhã e nem o que acontecerá com a nossa nação no futuro)!

Amados, que Deus nos abençoe e que o Espírito Santo nos dirija em tudo! Abraços fraternos!

sábado, 11 de junho de 2011

Qual a aparência de Jesus?

Graça, Misericórdia e Paz!

Pouco se pode afirmar, com absoluta certeza, acerca da aparência de Jesus Cristo enquanto ser humano! A Bíblia fornece poucas informações sobre a aparência do Jesus Cristo humano! Até o momento, a ciência, a história e a arqueologia não nos trouxeram respostas exatas sobre a aparência física de Jesus. Quando se trata da aparência de Jesus, há muita especulação e pouca certeza.

Quanto ao jeito de se vestir, Jesus usava vestido (vestes, túnica), e isto é uma questão pacífica, podendo ser comprovado (que Jesus usava vestidos, vestes ou túnicas) pelo estudo dos antigos costumes judaicos e também pela Bíblia: “Chegando por detrás dele, tocou na orla do seu vestido, e logo estancou o fluxo do seu sangue.” Lucas 8.44 (...) “Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.” Marcos 5.28.

Há outro aspecto da aparência de Jesus que não há muita discussão: a barba! Jesus era barbudo! A maioria dos judeus dos tempos de Jesus usavam barba crescida (principalmente os mais religiosos), isto é fato. A barba era sinal de respeito e a falta dela significava humilhação. A Lei de Moisés, que Jesus cumpriu, determinava que o homem não podia aparar (cortar, desfigurar ou danificar, dependendo da versão bíblica) as extremidades da barba: “Não cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça, nem danificareis as extremidades da tua barba.” Levítico 19.27. Aém disto, a profecia messiânica revelava, antes de Jesus vir a este mundo, que a barba (ou os cabelos da face, dependendo da versão bíblica) do Messias (Jesus Cristo) seria puxada: “Ofereci minhas costas para aqueles que me batiam, meu rosto para aqueles que arrancavam minha barba; não escondi a face da zombaria e da cuspida.” Isaías 50.6

A questão do comprimento do cabelo de Jesus, todavia, é algo polêmico no meio da cristandade. Uns afirmam que Jesus tinha o cabelo bem curto, outros afirmam que Jesus tinha o cabelo na altura dos ombros, cobrindo o pescoço.

A corrente de pensamento que afirma que o cabelo de Jesus era bem curto baseia-se principalmente em uma interpretação do que disse o Apóstolo Paulo na Primeira Carta que foi escrita aos Coríntios: “A própria natureza das coisas não lhes ensina que é uma desonra para o homem ter cabelo comprido,” 1 Coríntios 11.14 (a maioria das versões Bíblicas em Língua Portuguesa usa a palava "cabelo comprido", sendo que algumas poucas versões usam a palavra "cabelo crescido". Vale destacar ainda que no grego é utilizada a palavra κομᾷ, que literalmente significa cabelos longos). Os partidários desta corrente de pensamento afirmam que, se o Ap. Paulo disse aos Coríntios que era desonroso ao homem ter o cabelo comprido, Jesus certamente mantinha o cabelo bem curto. Esta corrente de pensamento afirma ainda que a única situação que se permitia a um homem judeu ter o cabelo comprido era quando se fazia o voto de Nazireu (não confundir com Nazareno, que são aqueles nascidos ou criados da cidade de Nazaré), e Jesus não era Nazireu de nascença e nunca teria feito voto de Nazireu.

A outra corrente de pensamento que afirma que Jesus tinha o cabelo um pouco maior, na altura dos ombros, cobrindo o pescoço, baseia-se em Levítico 19.27: “Não cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça, nem danificareis as extremidades da tua barba.” (é bom lembrar que os judeus ortodoxos do Século XXI consideram como canto da cabeça a região das "costeletas", que eles deixam crescer livremente). Esta segunda corrente de pensamento baseia-se também em indícios histórico-científicas, como o Santo Sudário (que é cientificamente polêmico), segundo o qual Jesus teria o cabelo na altura dos ombros. Com relação à passagem bíblica de 1 Coríntios capítulo 11, esta segunda corrente de pensamento argumenta e interpretada da seguinte forma: 1) Na citada Carta de Paulo, não há uma proibição expressa quanto ao uso de cabelo comprido para os homens (ou curto para as mulheres), ou seja,  em nenhum momento é utilizada a palavra “pecado”, mas sim a palavra “desonra” (o conceito da palavra “honra” e do seu antônimo “desonra” varia de lugar para lugar e de tempos em tempos); 2) A citada Carta do Ap. Paulo foi enviada aos irmãos que moravam em Corinto, na Grécia, ou seja, foi enviada a um povo não judeu, com outros costumes e que possuíam um conceito de “honra” diferente do conceito judeu, por isto que Paulo teria escrito daquela forma; 3) Segundo esta segunda corrente de pensamento, 1 Coríntios 11 não define o alcance das palavras “comprido”, “crescido” e “curto”, ou seja, não é dito até que ponto ou medida um cabelo masculino pode ser considerado comprido ou longo; 4) Na antiga cultura judaica muitas mulheres tinham o cabelo bem comprido, um símbolo judaico da submissão a Deus e ao esposo, assim sendo, o citado versículo não estaria dizendo que o homem deveria cortar o cabelo bem curtinho, só estaria dizendo que, por uma questão de honra, o cabelo do homem deveria ser mais bem mais curto que o cabelo da mulher, que é comprido (p. ex.: se as mulheres judias geralmente deixavam o cabelo comprido, na altura da cintura ou mais comprido, o cabelo de Jesus e dos demais homens judeus poderia ser cortado na altura dos ombros, o que já seria másculo, honroso e bem diferente dos cabelos das mulheres judias, que eram longos - Assim, quando comparado a cabelos bem longos, um cabelo na altura dos ombros não pode ser considerado comprido ou crescido - por exemplo: você conhece uma mulher que sempre teve o cabelo bem comprido, e, um certo dia ela resolve cortar o cabelo na altura dos ombros, neste dia ela apresenta a você o novo visual e certamente você dirá que o cabelo dela agora é "curto"); 5) Esta corrente de pensamento argumenta ainda que o voto de Nazireu (conf. Números, cap. 6) foi estabelecido pelo próprio Deus aos judeus, e que Deus não iria estabelecer uma desonra na Bíblia; 6) Na Bíblia há homens de Deus com cabelo comprido (Ex.: Sansão, conf. Juízes 13.4-7, 16, 17 e o Profeta Samuel, conf. I Samuel 1.11), e eles não eram considerados desonrados por terem cabelo comprido;

Ultrapassada esta questão polêmica, certo é, pela Bíblia e pelos estudiosos, que o Jesus Cristo humano é diferente do belo Jesus dos filmes de Hollywood. Jesus andava bastante e pegava muito sol, e o sol envelhece a pele, então, Jesus possivelmente tinha a pele um pouco escurecida e envelhecida pelo sol. Pelos padrões físicos e fisionômicos dos homens judeus do século I, há muitas chances de Jesus ter sido um homem com olhos castanhos, cabelos escuros e ondulados e com a pele levemente morena. Jesus também não era muito alto e não era física ou fisionomicamente diferente das pessoas em sua volta, tanto que foi necessário Judas dar um beijo em Jesus para identificá-lo.

A Bíblia, na profecia messiânica proferida pelo Profeta Isaias, corrobora neste sentido, pois era previsto, antes do nascimento de Cristo, que ele seria um homem comum (sem beleza), trabalhador, sofrido e desprezado: “Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.” Isaias 53.2,3.

Temos que buscar a verdade, sempre! Assim sendo, no que tange à aparência de Jesus não podemos interpretar a Bíblia ao nosso bel prazer, de forma a justificar os nossos dogmas, os nossos costumes ocidentais atuais, a nossa cultura ou os nossos próprios usos e costumes. Há coisas que só a eternidade vai revelar, e, a menos que a ciência ou a história faça alguma descoberta, a verdadeira aparência do Jesus terreno só será revelada na Glória!

Particularmente, penso (com fundamento nas supracitadas referências bíblicas e com base nos indícios histórico-científicos) que Jesus era barbudo, másculo, tinha uma altura mediana e uma aparência normal (sem beleza), e, quanto à polêmica questão do cabelo, penso que Jesus cortava o cabelo (exceto as determinadas partes do cabelo que ele não poderia aparar, conforme estabelecido aos judeus em Levítico 19.27). No entanto, como o cabelo de Jesus crescia, penso que ele não ia ao “barbeiro” todo mês, ao contrário, penso que Jesus deixava o cabelo crescer até a altura dos ombros, quando então possivelmente ele cortava o cabelo novamente (exceto as partes do cabelo que ele não poderia cortar). Penso que um cabelo que cubra o pescoço, na altura dos ombros, não pode ser considerado tecnicamente "comprido" ou "longo". Penso ainda que quando Jesus iniciou o seu ministério ele buscava não desperdiçar o seu precioso tempo e não se preocupava muito com estas coisas materiais e passageiras, como o cabelo, a barba, a roupa e a aparência dele. Todavia, cumpre ressaltar que respeito as opiniões divergentes sobre a aparência de Jesus Cristo, pois, como já informei no início desta postagem, "quando se trata da aparência de Jesus, há muita especulação e pouca certeza".

Não obstante, amamos a Jesus Cristo do jeito que ele foi e do jeito que ele é, pouco importando a aparência terrena dele, se era magro ou fofinho, se tinha o cabelo curtinho ou na altura dos ombros, se tinha os olhos azuis ou castanhos, se era claro ou moreno, etc! E você, leitor? Você ama a Jesus independentemente da aparência terrena dele, ou você condiciona o seu amor a Jesus à aparência dele, ou seja, só “ama” a Jesus se Ele foi ou é esteticamente da forma que você imagina ou acredita?

A aparência terrena de Jesus pouco importa! O que realmente importa é o que Jesus pregou e o que Ele fez por mim e por ti na cruz do calvário, trazendo salvação eterna a nós que cremos nEle, que o amamos, que o aceitamos como nosso Único Salvador e que estamos esperando Ele voltar!

Quando Jesus Cristo ressuscitou, alguns dias depois ele subiu ao Céu, e, lá chegando, ele se tornou o “Cristo Glorificado”, que é Maravilhoso e bem diferente do Jesus Cristo humano, conforme descrito no livro de Apocalipse:

“Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, Que dizia: Eu sou o Alfa e o Omega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia. E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” Apocalipse 1.10-18.

Eu estou curioso para ver Jesus Cristo glorificado, muito diferente daquele Jesus Cristo que esteve nesta terra há cerca de dois mil anos atrás, e você?

Abraços! Que Deus nos abençoe!

Imagem (negativo fotográfico) do misterioso e polêmico   "Santo Sudário":

Quem quiser ver alguns vídeos sobre o Santo Sudário no youtube, segue abaixo os links de um  documentário interessante: