Graça e Paz!
O texto abaixo, que dentro da Teologia pode ser classificado como relativo à área de Administração Eclesiástica, pode ser útil a pastores, missionários, evangelistas, dirigentes de Igrejas Locais e Líderes de Ministérios. Trata-se de um artigo de autoria de Mileide Weber Francelino, Bacharel em Administração pela UNIVALI e Pós-Graduada com título de Especialista em Administração Estratégica pela UNIASSELVI (na época do artigo). A autora, que é esposa deste blogueiro e também é bancária, cantora cristã e obreira, autorizou a publicação do Artigo.
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Ipsis litteris:
1. INTRODUÇÃO
Hoje, é indubitável que toda organização que
pretende sobreviver, crescer, se consolidar e se destacar, deve elaborar um
plano estratégico correto que servirá de guia no incerto panorama econômico
mundial e mercado competitivo.
É por esta razão que o planejamento estratégico, de
acordo com Mintzberg (2006), tornou-se uma ferramenta fundamental da
administração para impulsionar seu desenvolvimento e buscar uma direção bem
definida. O que o planejamento estratégico nos oferece é a possibilidade de
criar um plano estratégico de fatores internos e externos para, depois, criar
estratégias para alcançar seus objetivos e metas pré-estabelecidas.
Atualmente as instituições eclesiásticas
deixaram de ser vistas apenas como um conglomerado de pessoas, que se reuniam
para louvores, cultos, orações e devoções, e que estavam preocupadas
exclusivamente com os afazeres cotidianos, com tudo ligado às questões
espirituais. Se havia crescimento com novos membros aderindo ao movimento
espiritual, este ato era atribuído a Deus; mas, se, ao contrário, havia uma
queda no número de novos adeptos, também isso era atribuído a Deus ou ao pastor
e a equipe de obreiros ligados àquela igreja local. Ou seja, o ato de
administrar, de planejar e de gerenciar uma organização religiosa estava
ligado, de uma forma ou de outra, às questões espirituais.
Faltava, porém, conhecimento teórico e prático por
partes daqueles que gerenciavam as igrejas, além das técnicas de modelos de
administração e de planejamento que poderiam alavancar melhores resultados para
essas organizações. Ou seja, mesmo em se tratando de uma organização religiosa,
com objetivos diferenciados, por se tratar de fé, de espiritualidade, de
crença, mesmo assim, ainda é uma organização como qualquer outra, com deveres,
direitos e obrigações.
No planejamento
estratégico, importante área da Administração, o Controle deve detectar qualquer anomalia e irregularidade no
caminho e corrigir de imediato o rumo e alterar o que não está de acordo com a
estratégia traçada. Dessa forma, a grande questão a ser abordada neste estudo
diz respeito ao planejamento estratégico aplicado ao crescimento da igreja que
tem como base existencial a fé.
Segundo Patel (2007, p. 61), o que deve ser
valorizado na elaboração de qualquer planejamento são os valores envolvidos. O
planejamento estratégico começa na definição de uma filosofia de trabalho, que
está ligada aos valores humanos. Entretanto, também se pode fazer uso dos
valores cristãos, como o viver conforme o exemplo de Cristo. E o planejamento
estratégico pode ser uma ferramenta para ajudar a alcançar esse alvo.
Assim sendo, a indagação que surge é: Como aplicar
o conceito do mundo dos negócios em uma organização que tem seus objetivos
totalmente "diferenciados"? Sobre isso, o engenheiro João Batista
Nunes Nogueira, que atua como consultor do SEBRAE-MG na área de Gestão
Estratégica, não vê nenhum tipo de incompatibilidade ao usar os conceitos de
planejamento estratégico do mundo dos negócios para o ambiente eclesiástico.
É válido admitir que o planejamento estratégico constitui uma ferramenta essencial para que a organização possa enfrentar novos desafios
impostos pelo mundo globalizado, mesmo nas organizações religiosas. Contudo,
como os princípios e modelos de planejamento e gestão estratégica podem
auxiliar uma organização religiosa em suas tomadas de decisão? E como essas
técnicas poderão se aplicadas no seu dia-a-dia? Portanto, a questão central é
demonstrar a relevância do Planejamento Estratégico aplicado a uma igreja
local, proporcionando a oportunidade de a organização ampliar seus horizontes, como o crescimento em quantidades de membros, que é um dos entraves que muitas
denominações cristãs vêm enfrentando.
2. REFERÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA BÍBLIA
A imagem que se tem de Planejamento estratégico é
de algo meramente técnico aplicável a empresas e contrário ao Reino de Deus. De
fato, existem diferenças entre ambos. Josué Campana afirma que ambos falam a
respeito de “visão” e “missão”, entretanto, uma grande diferença é que o Reino
de Deus tem a “visão” e “missão” de Deus, que se relacionam com os propósitos
de Deus para a sua igreja.
Como exemplos de “visão” e “missão”
bíblicos, poderíamos citar respectivamente duas frases que estão em consonância
com a Bíblia, “Glorificar a Deus em adoração, ser uma igreja família, fazer
discípulos e no poder do Espírito Santo dar continuidade à missão de Jesus” e “Conquistar vidas no poder do Espírito, formar
e equipar discípulos altamente comprometidos, desenvolver e cultivar
relacionamentos sadios e significativos e ser uma igreja missionária”.
O Dr. Paul Yonggi Cho (1987, p. 132), grande líder cristão sul coreano (agora chamado no ocidente de David Yonggi Cho, pastor de uma das maiores Igrejas Locais do mundo) afirma que “Deus nunca fez nada sem um
plano definido. Quando deu instruções a Moisés com vistas ao Tabernáculo,
deu-lhe planos claros. O Templo foi construído segundo o plano claro dado por
Deus. A Igreja crescia de acordo com o plano de Deus. Sim, desde a criação do
universo até a salvação da alma do leitor, Deus seguiu um plano claro. Assim
sendo, por que iríamos nós edificar a igreja local sem um plano definido?”
A Bíblia Sagrada diz que Abraão foi
chamado por Deus para formar um povo, cujo plano foi “ser abençoado e ser uma
benção” ao seu povo. Este plano durou durante quatro gerações e durante
quatrocentos anos em que o povo viveu debaixo da escravidão.
José foi um grande líder, com um
propósito de Deus no Egito, bem como durante quatorze anos em que foi usado
grandemente por Deus como um grande estrategista.
Moisés, grande líder chamado e usado
por Deus. Ele passou quarenta anos na casa de Jetro e quarenta anos no deserto
com o povo de Israel. O episódio do conselho de Jetro é muito lembrado como
exemplo de planejamento e organização do trabalho no Reino de Deus.
Josué foi um grande estrategista, que
liderou o povo no cumprimento do propósito e da promessa de Deus para a
ocupação das terras da promessa. Já Neemias
é um personagem que marca a época da reconstrução do muro e da volta do povo a
sua pátria. Ele mesmo foi um planejador e desenvolveu um plano com etapas para
alcançar as metas propostas.
Salomão governava todos os reinos
desde o Eufrates até a terra dos filisteus, imagine o tamanho deste reino. Em I
Reis 4:20 diz que eram tão numerosos como a areia da praia. Nos versos 22 a 28
podemos ver o planejamento elaborado por Salomão e sua equipe visando o
suprimento do palácio e de todo o reino. No seu reino existia uma programação
de suprimento diária e mensalmente cada um dos governadores distritais fornecia
provisões ao rei. Como sabemos, o reinado de Salomão foi cheio de sabedoria e
inteligência. Precisamos destas virtudes para administrar as igrejas locais, da mesma forma que este rei cuidava do seu governo.
Jesus Cristo realizou a sua missão em
apenas três anos, trazendo valores e princípios que jamais podem ser mudados.
Na Igreja Primitiva, mais especificamente em Atos dos Apóstolos, percebe-se uma
visão muito clara do propósito de Deus e as metas para alcançar, primeiro
Jerusalém, depois na Judéia, na Samaria e até os confins da terra (At 1.8). O
apóstolo Paulo teve um ministério com uma visão estratégica de alcançar os
confins da terra.
Consoante Aguinaldo L. Guimarães, em
toda a Palavra de Deus percebe-se a ordem e a organização, de fato, tanto no
Antigo Testamento como no Novo, percebe-se uma estrutura organizacional e
administrativa regendo e conduzindo Seu povo e Sua Igreja.
Durante
o período patriarcal, os hebreus viviam como seminômades, e a administração, o
governo, era encabeçado pelo pai de cada família, ou pelos chefes das tribos,
quanto às questões que extrapolavam os assuntos domésticos. O pai de cada
família também era um sacerdote, e os chefes das tribos eram líderes religiosos
e não meramente políticos.
Toda a liderança eclesiástica era desenvolvida pelo pai da
família ou pelos chefes das tribos, o culto, o sistema do mesmo, as
orientações, etc., tudo sob a coordenação e orientação dos mesmos.
Neste período patriarcal surge uma figura, de certa forma
misteriosa, Melquisedeque, que exercia poder de governo político e religioso. O
governo ou administração religiosa, eclesiástica de Melquisedeque era superior
ao do pai da família, ou patriarca, pois Abraão devolveu ao mesmo o dízimo.
No Egito o povo de Israel se tornou escravo e foi se
envolvendo com a adoração desta nação. Após os quarenta anos no deserto de
Midiã, Moisés retorna ao Egito para libertar os israelitas do cativeiro. Neste
afã e sob a autoridade Divina começa a exercer liderança eclesiástica sobre a
nação.
Após saírem do Egito, na caminhada pelo deserto, o povo de
Israel recebe orientações sobre o Santuário, saúde, legislação, adoração, etc.,
e assim começam a organizar seu governo, bem como uma forma de administração
eclesiástica.
Através do sacerdócio Aarônico, posteriormente levítico e
em torno do Santuário terrestre foi desenvolvida a administração eclesiástica
do Antigo Testamento.
Deus governava ou administrava a nação. A forma administrativa
era a teocrática como fica claro em Êxodo 19:4-9 e Deuteronômio 33:4 e 5.Isto
revela a relação ímpar entre Deus e Israel, como Seu povo peculiar. Essa
relação é constituída pela aliança que vinculou o povo de Israel a Deus, ou os
Seus Mandamentos (Êxodo 19 e 20), e que constituiu aquele povo em “reino de
sacerdotes e nação santa...” (Êxodo 19:6).
Deus se expressou e realizou Sua aliança de forma
compreensiva à nação israelita, utilizando-se de formas de aliança conhecidas
na época, como as alianças Hititas.
Tais alianças eram compostas de um preâmbulo, um prólogo,
estipulações, bênçãos e maldições e testemunhas. Isto é visto na Aliança Divina
em Êxodo 20-24.
Êxodo 20:2a. - Preâmbulo (Identifica o Rei)
Êxodo 20:2b - Prólogo (Relacionamento Passado)
Êxodo 20; 21-23ª - Estipulações (Mandamentos)
Êxodo 23b - Bênçãos e Maldições
Êxodo 24 - Testemunhas
Deus conduzia Seu povo em todos os aspectos. Os organizou e
orientou. Definiu funções, posições e limitações.
No livro de Números, capítulo 9, do verso 15 a 23, vêem-se que
Deus conduzia Seu povo até mesmo no tocante ao momento de viajar e acampar.
Através da nuvem e da coluna de fogo Deus lhes mostrava, também, o momento de
realizarem o sacrifício contínuo, pela manhã e ao pôr-do-sol ou crepúsculo da
tarde (ver Êxodo 29:39-42; Números 28:3 e 4).
A
história bíblica revela que no desejo de ser como as nações vizinhas e pagãs o
povo clamou por um rei, a monarquia, e esta passou a ser a forma de governo e, tão logo o rei Saul foi nomeado por Samuel, a administração eclesiástica também
começou a receber influências da pessoa do rei e está foi percebida ao longo
dos anos. No entanto, a administração eclesiástica era de responsabilidade dos
sacerdotes e no decorrer da história Deus suscitava Seus profetas que exerciam
influência sobre o rumo desta administração, ora de maneira mais intensa, ora
sem exercer muitas mudanças.
Deus separou a administração eclesiástica da política. A
linhagem de Aarão (sacerdotes) ficou com a administração eclesiástica, enquanto
que a linhagem de Davi (reis) ficou com o governo político. O Santuário,
posteriormente o Templo de Salomão e após o cativeiro babilônico o Templo de
Zorobabel, sempre foram o centro da administração eclesiástica, sob a
orientação e liderança dos sacerdotes e reis, com sua influência ora positiva, ora negativa.
A administração eclesiástica no Novo Testamento ainda
girava em torno do Templo de Herodes e a liderança dos sacerdotes, até a
destruição do mesmo. No entanto, este foi perdendo sua influência à medida que compreendiam mais e mais que o
Templo se cumpriu em Cristo, perdendo seu sentido, já que o tipo encontrara o
seu antítipo.
Com o surgimento da igreja cristã, sob a liderança dos
apóstolos, após a ascensão de Cristo, todo o sistema administrativo
eclesiástico começa a mudar, pouco a pouco. Os próprios apóstolos não tinham
noção de como administrar a igreja, mas, sob a guia do Espírito Santo e em
oração começaram a dar forma à igreja e a sistemas/princípios de como a mesma
deveria ser administrada. No entanto, o Novo Testamento não nos oferece linhas
mestras absolutas no tocante à administração eclesiástica, mas apenas
sugestões.
Em Atos 6 vê-se a importância da pregação e dedicação
exclusiva dos apóstolos ao ministério da pregação. O mesmo texto também revela
o surgimento dos diáconos como lideres servos da igreja, com a missão de
atender aos necessitados. A liderança dos apóstolos como testemunhas oculares
da vida, da morte, da ressurreição e da ascensão de Cristo é nítida em todas as
páginas do Novo Testamento.
Os apóstolos exerciam sua liderança eclesiástica de forma
ampla, não estavam limitados a uma única congregação. O trecho de Tito 1:5 diz
especificamente que Tito constituísse presbíteros “em cada cidade”, segundo
Paulo lhe havia ordenado. Nesse caso, teríamos Tito, o bispo de Creta, não
operando em uma única igreja local, mas percorrendo toda aquela ilha,
supervisionando e nomeando anciãos em várias cidades da mesma. No mesmo texto
percebe-se que alguns apóstolos possuíam ou desempenhavam liderança sobre
outros apóstolos. O mesmo é visto em outras cartas de Paulo ao dar orientações
sobre como agir e o que fazer a outros colaboradores, apóstolos, como o
referido caso de Tito. Atos 15:6, 22, e Atos 6 como já mencionado, revela uma
certa hierarquia de funções eclesiásticas: Apóstolos, presbíteros, diáconos e
toda a igreja.
Tiago parece exercer a liderança maior (Atos 12:17;
15:13ss; 21:18), no entanto, no próprio episódio de Atos 15 percebe-se um modelo
de governo, administração representativo. Após o discurso de Pedro e as
considerações de Tiago (A maneira como Tiago se expressa e o momento em que se
expressa, parece demonstrar que ele era o presidente concílio), o verso 22 diz:
“Então pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja,...”.
Os concílios realizados pela igreja no Novo Testamento
(Atos 11 e 15) revelam uma autoridade central que ultrapassava a autoridade das
igrejas locais, mas como já mencionado com representação da igreja – “com toda
a igreja”.
A
parte final do verso 22 de Atos 15 demonstra que a igreja reunida em concílio
nomeava homens com missões específicas para irem a locais específicos.
Conforme
afirma Bob Briner (1997) “ Jesus tinha um plano e obedeceu a ele fielmente.
Essa foi a maior razão de seu sucesso. Ele sabia para onde ia e permanecia
naquela direção.”
Enfim, existem inúmeros exemplos bíblicos de administração e
planejamento estratégico, podemos citar inúmeras vantagens e benefícios da
utilização do planejamento como ferramenta estratégica para as igrejas, por
exemplo: utilização eficiente dos recursos humanos, financeiros, matérias, etc.;
mensuração de resultados; cumprimento da missão organizacional; manutenção do foco pré-estabelecido; respaldo
técnico para tomada de decisões, dentre outros.
De
acordo com estudos e pesquisas, pode-se dizer que é muito proveitosa, eficaz e
eficiente a aplicação do planejamento estratégico para o aumento da quantidade
de membros de uma determinada igreja local ou para várias igrejas. Ficou
evidenciado nestes estudos que com a instauração de programas de grupos
familiares; métodos de evangelismo e integração com os diversos setores da
sociedade; aperfeiçoamento das condições de recepção e manutenção de novos
membros na igreja; criação de mecanismos de integração entre os membros da
igreja, entre os ministérios e entre a igreja sede e suas filiais; incentivo e
contribuição com o nascimento e florescimento de novas lideranças, ocorrendo um
aumento significativo no número de novos adeptos, inclusive com a maioria
destes se tornando membros fixos da igreja local.
As estratégias desenvolvidas nestes
projetos de aumento no número de novos membros foram principalmente a
implantação de grupos familiares, eventos realizados na própria igreja local
com foco nos visitantes, eventos externos para promover a integração, a
divulgação e a adesão de novos adeptos, como parte da estratégia utilizaram um
cronograma periódico de evangelismo em hospitais, presídios, semáforos,
calçadões, praças, shopping, etc.
A
implantação do planejamento estratégico nas igrejas precisa seguir uma
metodologia própria para cada etapa como descrevemos a seguir:
Etapa
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O que fazer
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Criação da estrutura organizacional
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Elaborar um organograma, dividindo-se em nível
estratégico, tático e operacional.
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Estabelecimento da missão, visão e valores
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Definir a razão de existir da igreja, sua visão,
ou seja, onde quer chegar, bem como os valores que permeiam suas atividades.
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Análise do Ambiente externo
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Como estão as igrejas no mundo, como estão
crescendo, se organizando, se estruturando, se mantendo, etc.
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Análise do Ambiente interno
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Estudar a sociedade, conhecer os números das
igrejas, não somente das evangélicas. Como estão atuando outros
ministérios. Conhecer o público alvo da igreja, etc.
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Estabelecimento de objetivos e metas
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Tendo como base nas análises realizadas, teremos
vários pontos fortes e pontos fracos, e os objetivos e metas serão
programados para o suprimento das necessidades no caso de pontos fracos e
para melhorar ainda mais naquilo que é um ponto forte.
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Fatores críticos de sucesso
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Nesta etapa verificamos quais fatores podem
contribuir para a concretização ou não deste planejamento estratégico.
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Criação dos planos de ação
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Para cada meta deve ser elaborado um plano de
ação e definido quem será o responsável pela realização dela.
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Comunicação
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O plano deve ser comunicado a todos os níveis
relacionados na estrutura organizacional para que a equipe “faça as coisas
acontecerem”.
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Acompanhamento
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Todo plano precisa de reuniões periódicas para
mensurar quais passos já foram dados e quais caminhos serão traçados no novo
período. Serve também para verificar se algum objetivo precisa ser revisto ou
modificado.
|
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consoante Moreira; Coelho e Pinheiro (1997), que citam o consagrado Alvin Tofler, em "A Empresa Flexível", é
preciso estar cego para ignorar que algo extraordinário esteja acontecendo à
sua volta.
Realmente, ao se analisar o ambiente, pode-se
constatar a rápida expansão das tecnologias, a evolução das telecomunicações, o
lançamento de novos produtos e serviços. As mudanças vêm ocorrendo num ritmo
tão vertiginoso que se torna difícil assimilá-las por completo, configurando
novos e inusitados cenários tanto para as pessoas quanto para as organizações.
O futuro será marcado por quem conseguir visualizar
essa tendência, ou seja, centralizar esforços na leitura de como o mercado está
vivendo no momento, isso significa dar menos ênfase à estrutura funcional da
organização, e ter um olhar concentrado no mercado e no futuro. Neste sentido,
as organizações religiosas, tem tido um entrave para isso, visto que
muitas delas foram projetadas em função de uma visão voltada para a sua própria
realidade interna, sendo assim, é necessário aprender a pensar em novas formas
de estruturar essas organizações.
A Bíblia de fato não fala o termo planejamento
estratégico, mas percebe-se que ela é um plano muito bem planejado, que se
realiza a cada momento que passa. Ela oferece elementos que refletem que ela
mesma é um “planejamento estratégico”, que não se baseia na técnica, em
resultados e lucros, mas na visão, missão e valores do Reino de Deus.
Os líderes religiosos precisam ser não somente mestres e líderes, ou seja, precisam ser também administradores (não falo de formação acadêmica, mas de boa formação teórica e prática); precisam aprender a compreender mais a organização, a
assumir mais responsabilidades e a trabalhar em equipe. Sendo assim, é
imprescindível que se conheça como se comportam as novas organizações
religiosas; suas estratégias de crescimento, de retenção de membros, sua visão
de futuro e suas prioridades. De modo geral, o futuro pertence às organizações
que conseguirem explorar o potencial de centralização das prioridades, das
ações, e dos recursos. Acabou-se o tempo em que cada organização olhava para si
mesma, sem se preocupar com o todo.
4.
REFERÊNCIAS
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Estratégico: Fundamentos e Aplicações. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
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Estratégica. São Paulo: Saraiva, 2003.
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ministério bem sucedido. Rio de Janeiro: CPAD, 1999. 255p.
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Eclesiástica. Rio de Janeiro: CPAD, 1989.
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